quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ovelha Negra!

Uma noite dessas, ao chegar em casa - vindo do trabalho - já em estado de pura indolência, fui invadida por uma fominha besta.  O problema é que estas vontades nunca vêm sós. Esta, veio acompanhada de um desejo voraz de tomar um bom vinho. Não sei qual dos sentimentos era maior. Decidi deixar tudo de lado ... tomar um bom banho e relaxar ... na crença de que isso faria todo o resto passar. Doce ilusão! Na busca por um sono reconfortante tentei de tudo: livro, internet, TV - coisa rara. Minha última esperança era uma volta à infância: iniciei a contagem de carneiros. Malditos carneiros!!! Carneiro remete à ovelha que remete a queijo que, por sua vez, me arremessou direto à geladeira. Isso mesmo, queijo e geladeira - com direito a uma breve parada na seção de vinhos.Todos aqueles sentimentos voltaram a me devorar. Dias antes, havia me deparado com esta preciosidade em um empório perto de casa.

Resisti bravamente. Mas de nada adiantou. Fui presenteada com esta jóia poucas horas depois daquele repentino encontro e, desde então, vinha mantendo-a numa redoma chamada refrigerador - esperando e torcendo pela hora certa até que, enfim, ela chegou. Delicadamente e sem nenhum pudor, despi por completo a coitada da ovelha, ou melhor, o que havia sobrado dela. Amanteigado, com textura tenra e sabor suave... Inesquecível... Depois deste ensaio gastronômico orvalhado por um bom vinho, não consegui contar sequer um único carneiro mas me senti, por toda aquela avidez, uma ovelha negra. Priscilla Sarah - aprendiz de cozinheira.

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