terça-feira, 9 de agosto de 2011

Blasfêmia...

...esse é o termo que descreve a postagem de hj. Outro dia, vagando pela casa enquanto degustava um bom vinho, indaguei: o que comer? Explorei os armários e afins e encontrei um lindo pappardelle. Mas o que fazer com ele? Um bom molho de tomates frescos, iria muito bem, mas tinha sede de inovação. Vasculhando mais um pouco, encontrei linguicinhas de cordeiro - simplesmente divinas. Sem hesitar, fatiei as linguiças ainda cruas e as acomodei na frigideira. Com o calor do fogo, as mesmas douraram em sua própria gordura. Acrescentei, então, alho laminado. O aroma, que já era acolhedor, tornou-se sublime. Mas e depois? O que mais? Faltava alguma coisa. Tomates cereja - levemente adocicados - e manjericão pareciam a combinação perfeita. Mas e o molho? Num ímpeto, virei minha taça de vinho - ou melhor, o que ainda havia nela - dentro da frigideira. Acredito que as borbulhas dali oriundas eram capazes de ressucitar Baco (Dionísio para os gregos) - o deus romano do vinho, da ebriedade, dos excessos - especialmente sexuais - e da natureza.
Deus Baco por Caravaggio
Miracolo! Enfim, pela descrição, encontrei um Deus para chamar de meu - MEU DEUS!
O resultado desta inusitada mistura foi um convite à gula - o sexto pecado capital.
Como macarrão sem queijo é como namoro sem beijo - insosso e desenxabido - um grana padano, com seu sabor frutado e doce, completou a relação. Priscilla Sarah - aprendiz de cozinheira.

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