quarta-feira, 13 de março de 2013

Eu tinha uma galinha que se chamava Marilú!

Após uma exaustiva espera e uma imensa expectativa ... minha cozinha continua em reforma. Um tempo que não acaba mais. Que não se esvai rapidamente. A morosidade do processo, o incentivo dos amigos e amores e a adoração pela comida me levaram, num ímpeto, a voltar aos bancos escolares. É engraçado vivenciar um ambiente corriqueiro que, após 13 anos, tornou-se meu habitat natural, de uma nova forma. É curioso, desafiador, frustrante, divertido, único. Na verdade, é como andar de bicicleta. Uma vez que o fizemos, nunca mais esquecemos o modo de fazer e atuar. Ao sentar-se naquela carteira, voltamos a ser criança, voltamos a sonhar e imaginar um mundo melhor. Passamos a acreditar que, de fato, podemos fazer a diferença. Amo muito tudo isso! A possibilidade que tenho de compartilhar conhecimento – que antes acontecia somente enquanto atuava como docente – e que , em meu atual cotidiano, estende-se aos momentos em que sou, apenas, mais uma discente. Dias inteiros de novos saberes, sabores, aromas e sensações. Teorias imediatamente transformam-se em prática. A exposição a fatores incontroláveis e a ambientes e situações extremas, ressaltam, ainda mais, cada nota de sabor. Gerações distintas, tribos opostas, seres diversos interagindo… Alguns, tornam-se caça e vão direto para a panela. Contrariando Hans Staden  - Nem todos somos antropófagos! Mas ali, naquelas belas tardes, estamos todos – independente da tribo - abertos a novas experimentações. Nesta última semana, Marilú foi nossa vítima. Uma galinha que sobreviveu enquanto não existia a fome de conhecimento. Após um minucioso trabalho de mutilação e desossa, Marilú foi submetida a um sauté indireto. Para compensar toda essa tortura, recebeu um glorioso banho supréme. Muito bem acompanhada de aspargos sauté ao molho béchamel, batatas duchesse e alhos caramelados, Marilú foi inteiramente deglutida. 
Atentem-se: toda barbárie gastronômica causada por Alcides, Fernanda, Maíra, Priscilla e Renata, será recompensada. 
Priscilla Sarah - aprendiz de cozinheira.

Um comentário:

  1. só esse texto p/ salvar na aula do nosso digníssimo prof XD
    mas sobre a Marilú... pobre franguinha =( ficou saborosa como nenhuma outra há de ficar, ainda mais comigo não contando seu tempo de cozimento em forno combinado hauiahuiahiuhaiuhaua
    bom, adorei o texto pq me sinto um tantinho como vc que retorna as salas depois de algum tempo. adoro qdo nosso grupo está semi completo nas aulas, quero mais muitos meses assim.
    bjo!

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